quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Puma e Ferrari

Festival do Rio

A edição 2009 do Festival do Rio estará em toda a cidade de 24 de setembro a 8 de outubro.

O Festival do Rio é o maior festival de cinema do Brasil e da América Latina, com atenção e cobertura massivas da mídia. A cada ano, as principais produções dos festivais de Cannes, Sundance, Veneza e Berlim são apresentados ao público brasileiro durante o evento. Filmes inéditos no Brasil, com premieres internacionais, latino-americanas e nacionais, que confirmam a importância do Festival do Rio como porta de entrada para o cinema na América Latina e a maior vitrine para o cinema independente no Brasil.

Confira a programação.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

O estresse está globalizado

Segundo um estudo conduzido pela socióloga americana Juliet Schor, os principais executivos americanos trabalham hoje 163 horas mensais a mais em relação a 1969 – o equivalente a quase um mês inteiro de labuta por ano. Na década de 80, conforme a mesma pesquisa, 55% dos líderes admitiam viver uma situação de grande estresse na vida profissional. Os dados atuais demonstram que o nível subiu par 75%. No Brasil, de acordo com Betania, os executivos do topo trabalham, em média, 14 horas a cada dia – número somente comparável ao do Brasil do início do século 20. A industrialização tardia do país fez com que, especialmente entre as décadas de 10 e 30, os trabalhadores brasileiros permanecessem 14 horas por dia confinados nas fábricas. Num certo sentido, os executivos de hoje trabalham ainda mais, considerando e-mails e celulares atendidos fora do expediente oficial. Isso equivale a 70 horas semanais. Para efeito de comparação, a Constituição brasileira de 1988 estabeleceu a jornada de 44 horas semanais – ou seja, os executivos do topo dedicam a suas companhias quase o dobro do tempo previsto pela lei vigente no país.

É inevitável associar o quadro de infelicidade ao ritmo global de trabalho. De acordo com um estudo da Harvard Business School, 70% dos americanos estão insatisfeitos com a intensidade de sua jornada de trabalho. Metade dos entrevistados considera improvável desfrutar uma vida saudável nessas circunstâncias. No japão, o índice de insatisfação aproxima-se de 80%, segundo levantamento da Universidade Metropolitana de Tóquio. Tudo isso explica o surgimento da expressão “extreme jobs” (trabalhos extremos). O termo refere-se às atividades que exigem dedicação 24 horas por dia dos profissionais mais graduados, responsabilidade por perdas e ganhos, prestação de contas a diversas pessoas (acionistas e, muitas vezes, chefes em outros países) e capacidade para enfrentar situações de grande tensão sem jamais denunciar nenhum sinal de fraqueza.

Em seu estudo, Betania expôs o que parece evidente, mas nem sempre é admitido: a falsidade do estereótipo de herói ou homem de aço no mundo corporativo. “Nos últimos anos, observei inúmeras manifestações de sofrimento e explosões espontâneas de tristeza de líderes importantes”, afirma ela. “A versão oficial de que eram irremediavelmente felizes precisava ser desfeita”. Betania testemunhou cenas comoventes. Presidentes em momentos de fragilidade emocional. Alguns choraram (sim, presidentes de empresas também choram). Lamentos eloqüentes contra o tempo perdido com o excesso de trabalho. Pela dedicação que ofereçam às empresas, todos eles são recompensados com status, poder e dinheiro. Mas o tempo passa e, após longos anos de árdua batalha para obter sucesso profissional, eles se perguntam se isso era mesmo o mais importante. “Chega um momento em que todo ser humano depara com uma questão fundamental: se é ou se foi feliz ou não”, disse à Época NEGÓCIOS o historiador inglês Stuart Walton , autor de Uma História das Emoções, publicado recentemente no Brasil pela Editora Record. No livro, Walton examina aquelas emoções que considera primordiais (como medo, raiva, tristeza e felicidade) e as relaciona à vida moderna. Em um mundo afeito a mudanças velozes que obrigam os profissionais a se desdobrar em inúmeras atribuições cotidianas, quem se destaca são justamente aqueles que mais se entregam ao que ele chama d “frenesi mundano”. Trabalham intensamente, têm ambição desmedida, são competitivos ao extremo e gladiadores dispostos a sobreviver num ambiente marcado pela escassez de companheiros e amizade. “De alguma forma, a vida cobrará seu tributo e o preço pago por essas pessoas, muitas vezes, é a infelicidade”, diz Walton.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

A integração entre a comunicação e as relações de consumo

Vejam que informação interessante: 76% dos consumidores preveem gastar o mesmo ou ainda mais em produtos verdes, indicando uma tendência de maior crescimento de mercado nesse nicho, principalmente os produtos de menor valor. Esse dado foi apresentado pela chefe de Sustentabilidade da agência de RP Cohn & Wolfe, Annie Longsworth, no Sustainable Brands 2009 (SB09), ao informar que os três principais grupos com o maior potencial de mudanças de hábitos de consumo são as mulheres, os CEOs e, principalmente, os jovens. Cá pra nós, essa não é uma tendência que já não houvesse sido apontada pelo mercado ou pela academia, portanto, não nos causa muita surpresa.

Mas ela traz uma reflexão muito interessante para os profissionais de comunicação, uma vez que os jovens pesquisados entendem que o século 21 precisa aprender a lidar com um planeta cheio de problemas que comprometem o futuro da civilização. Sob outra perspectiva, as mães estão abraçando a sustentabilidade como causa por se preocuparem com o bem-estar e a saúde da família, e os CEOs se preocupam em quantificar o prejuízo por acreditarem que a mudança climática é real. Portanto, as relações de consumo de cada um desses grupos se diferem e passam a se associar a um conjunto de categorias, como o risco, a confiança e a percepção de segurança, temas que já discutimos em um artigo anterior.

E em que momento ocorre a integração entre comunicação e relações de consumo? A discussão sobre sustentabilidade evidencia que há uma nova maneira de compreender os impactos da vida moderna. Ainda que não busquemos culpados, apontemos novos caminhos ou levantemos questões polêmicas, torna-se cada vez mais importante que os profissionais de comunicação sejam capazes de atuar fortalecendo a rede de confiança que ajuda a traduzir os ambientes em que vivemos. O profissional de comunicação torna-se um facilitador para o conhecimento, essencial para a tomada de decisão do consumidor, contribuindo para uma vida moderna mais tranquila.

O consumo tem caráter elusivo, mas é inegável que é uma prática social plural, multifacetada e com características culturais. Os bens e os produtos consumidos nos alimentam, matam nossa sede, ajudam a construir identidades e status por seu caráter simbólico, entre muitos outros fatores. O consumidor pode até ser o comprador, mas a relação com esse sujeito se estende ao como se consome e com quais objetivos. O conjunto de informações e saberes do consumidor também modela e orienta suas escolhas, já que o consumo não se restringe ao sentido racional e econômico do mercado de trocas.

Em tempos sustentáveis, jornalistas precisam definir seu papel de mediadores éticos e imparciais dos fatos ao apresentar informações, complexas ou não, sobre o sistema produtivo e o consumidor. Os profissionais de relações públicas percebem que não é mais suficiente produzir e disseminar conteúdo sobre seus clientes, mas saber monitorar notícias positivas e negativas em tempo real, contribuindo para novos padrões de atitudes e respostas. Ainda que o produto seja de qualidade, verde e com grande potencial mercadológico, já não basta que os publicitários sejam criativos, pois precisam criar campanhas que incorporem uma realidade de novos valores para seduzir o consumidor.

A boa notícia é que o profissional de comunicação não é o único chamado a se transformar. E tudo fica mais fácil se compreendermos que a comunicação não fica nem melhor e nem pior, apenas diferente.

Por Flávia Galindo: mestre e professora do curso de administração da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e integra o Conselho Editorial da Revista Comunicação 360º.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

O poder de cada gigante

RWE Energy Giant from Andrés Rosas Hott on Vimeo.

"É muito fácil fazer grandes coisas acontecerem quando se é um gigante". Esse é slogan da empresa alemã fornecedora de energia RWE. Além de fofo, o vídeo publicitário nos faz pensar em quantos gigantes temos em nosso país e o quanto cada um deles poderia fazer para tornar a matriz energética do Brasil ainda mais limpa.

Na semana retrasada, mais de 20 gigantes brasileiras se comprometeram, em carta aberta ao governo federal, a reduzirem suas emissões de carbono para contribuírem no combate às mudanças climáticas. Elas ainda cobraram que o poder público assuma um compromisso mais efetivo no corte nacional de emissões nas negociações do clima em Copenhague, no final do ano, durante a 15ª COP – Conferência das Partes.

Em esferas menores, cada um de nós é um gigante e tem poder de influenciar pessoas e decisões à nossa volta, além de escolher os representantes do país por meio do voto.
Não abra mão do seu poder...

Saint Étienne - Cidade do Design

De 3 a 27 de setembro, no CCBB 1º Andar - Salas A, B, C e D

Como parte das comemorações do Ano da França no Brasil, o CCBB traz para o Rio de Janeiro Saint Etienne - Cidade do Design, uma mostra inovadora sobre design, tecnologia e sustentabilidade da célebre Cité du Design Saint-Étienne.
A exposição apresenta objetos e peças de design de novos artistas franceses, com destaque para o trabalho John Tackara que aborda uma visão sócio-ecológica da arquitetura e do meio ambiente.